sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Lacrimejo
Nas bordas do teu rosto,
ouço respingos.
Pela manhã.
os véus do teu silêncio
tornam unânimes teus traços.
São Líquidos de alma,
a escorrer sem limites.
nos desenhos do teu sorriso.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Vísceras
Instante,
releio-me nas linhas das tuas mãos,
Impaciente,
giro as ampulhetas do futuro.
Intrigante,
Entrego-te meus sonhos.
Intuitiva,
escava meus braços,
[Em tardes de Lua Cheia.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Ir...
Promessas! queria queimá-las,
Adiante, vejo o silêncio da flor.
Conduzido pelos ventos
É como viver um afago solitário.
Mas eis que aqueles lábios de pétalas
Quebram a quietude dessa paisagem,
E entremeio a seus beijos,
Vejo ruídos de felicidade.
Sigo outonos sem destino,
Vejo cego os laços da tua imensidão.
E ouvindo rastros,
Amanheço desfeito,
Pelas roseiras de teus encantos.
Adiante, vejo o silêncio da flor.
Conduzido pelos ventos
É como viver um afago solitário.
Mas eis que aqueles lábios de pétalas
Quebram a quietude dessa paisagem,
E entremeio a seus beijos,
Vejo ruídos de felicidade.
Sigo outonos sem destino,
Vejo cego os laços da tua imensidão.
E ouvindo rastros,
Amanheço desfeito,
Pelas roseiras de teus encantos.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Primazia sem deuses
Com ar de manhã azul, hoje a tarde gélida se apresenta com aroma de pureza. Os olhos da noite chamam-nos ao apego dos braços do tempo, triste ilusão viver no compasso de ponteiros previsíveis. Queria ser meu próprio Cronos, bebendo dos ventos do meu destino sem temer a repulsa de não mandar nos meus minutos. Sina de Humano, viver entre grades invisíveis pinceladas por ponteiros. Preciso de um entardecer diferente!
Quero que o sol demore horas atrás daquelas poucas nuvens a chamar a noite. Não existe alguém com coragem o bastante para puxar com ordens o brilho hipnótico da lua cheia?
Ah, como seria belo se todos observassem durante dias e durante os dias as estrelas, tentando dar formas aos seus espaços. Gritem os que viveram momentos em que as infinitas palavras não foram capazes de descrever emoções. Publiquem seus diários, onde suas linhas teçam o perfume de ver a união das nuvens a se abraçarem para juntas molhar a terra em água de chuva.
Tempo e Natureza, por que não nos obedecem?
Será a essência?
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Porta de Vidro
Era madrugada de segunda feira, só se ouvia as vozes do vento penetrando nas folhas das arvores, mas aquele silêncio me transportava. Quatro passos até chegar à esquina. Nesse estante parei, percebi vultos se aproximando, dei mais seis passos e ali, na minha frente, vi uma porta de vidro, algo me mandava seguir, mas a teimosia e aquela breve anestesia de não pensar em mim mesmo me deu forçar para aproximar.
Dois segundos pensando, decidi entrar naquela porta de vidro com reflexo pro nada. Entrei, meus olhos reparavam minha própria imagem sendo pincelada em um baú de lembranças, de lá eu podia ver a poeira a se formar como fumaça a lamber as pedras do calçamento. Sentei e comecei ouvir histórias do meu passado contadas pela minha própria voz. Já esquecia as estrelas ofuscadas pela escuridão da madrugada. Agora, centrava meus sentidos para as doses de sabedoria que o tempo me propunha, ele utilizava como protagonista dessa escola, um professor chamado medo!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Sorriso que se foi...
Às vezes, aquele adeus saboroso,
Teima em adormecer sonhos,
Eles descem a ladeira da vida
E mergulham no vôo da ave de fogo.
Seu pouso esfria e dilacera meus sentidos.
Decisões, invernos, vacilos.
Tessituras de um vazio silencioso.
A lacuna se preenche de lembranças,
E o sorriso, do que se foi.
São nós de um gume embaraçado,
Suas raízes tecem incertezas.
A ave, nem existe mais.
E o pouso, agora deita-se,
Em qualquer esquina.
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