segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Porta de Vidro



Era madrugada de segunda feira, só se ouvia as vozes do vento penetrando nas folhas das arvores, mas aquele silêncio me transportava. Quatro passos até chegar à esquina. Nesse estante parei, percebi vultos se aproximando, dei mais seis passos e ali, na minha frente, vi uma porta de vidro, algo me mandava seguir, mas a teimosia e aquela breve anestesia de não pensar em mim mesmo me deu forçar para aproximar.

Dois segundos pensando, decidi entrar naquela porta de vidro com reflexo pro nada. Entrei, meus olhos reparavam minha própria imagem sendo pincelada em um baú de lembranças, de lá eu podia ver a poeira a se formar como fumaça a lamber as pedras do calçamento.  Sentei e comecei ouvir histórias do meu passado contadas pela minha própria voz. Já esquecia as estrelas ofuscadas pela escuridão da madrugada. Agora, centrava meus sentidos para as doses de sabedoria que o tempo me propunha, ele utilizava como protagonista dessa escola, um professor chamado medo!

2 comentários:

  1. André, vc escreve com profundidade!
    a fuga, a solidão, o medo de encarar algumas lembranças tenebrosas nos deixa por um instante indecisos ou inseguros, mas, embora os obstáculos, na escola da vida...o medo é um professor de primeira, e nos ensina a prudência, de optar pelo Amor.Desculpas se não alcancei a Alma do Poeta. bjos

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  2. André, vc quero continuar lendo os seus poemas, sonetos e artigos quando escrever me envie e-mail avisando pq as vezes demoro vê o orkut, aguando novas...bjão tamanho familia.

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