segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Primazia sem deuses



Com ar de manhã azul, hoje a tarde gélida se apresenta com aroma de pureza. Os olhos da noite chamam-nos ao apego dos braços do tempo, triste ilusão viver no compasso de ponteiros previsíveis. Queria ser meu próprio Cronos, bebendo dos ventos do meu destino sem temer a repulsa de não mandar nos meus minutos. Sina de Humano, viver entre grades invisíveis pinceladas por ponteiros. Preciso de um entardecer diferente!
Quero que o sol demore horas atrás daquelas poucas nuvens a chamar a noite. Não existe alguém com coragem o bastante para puxar com ordens o brilho hipnótico da lua cheia?
Ah, como seria belo se todos observassem durante dias e durante os dias as estrelas, tentando dar formas aos seus espaços. Gritem os que viveram momentos em que as infinitas palavras não foram capazes de descrever emoções. Publiquem seus diários, onde suas linhas teçam o perfume de ver a união das nuvens a se abraçarem para juntas molhar a terra em água de chuva.
Tempo e Natureza, por que não nos obedecem?
Será a essência?

2 comentários:

  1. Fantático! o Cronos é nosso com seus ponteiros...tudo invenção de humanos em nome da disciplina? Mas...a essência é primazia dos Deuses ou os Deseus são a primazia em Essência? Penso que Eles não tem tempo, são o próprio na primazia do Amor o Eros, tempo do Amor ou de Aprender a Amar...? Não Sei...são apenas devaneios meus...muito bem continua...bjo

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  2. Por mim voce já pode ir pensando em editar o livro e eu quro está presente neste dia. Por que o tempo do poeta é o de Eros, o de Cronos é consequência do existir...e é necessário a ordem das coisas e do destino...? bjo

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